O governador de Goiás entende que não compete aos governadores a tarefa de defender o afastamento da presidente Dilma Rousseff. O foro próprio para esse tipo de debate seria o partidário e o Congresso Nacional.
A posição do governador Marconi Perillo tem sido coerente, com seu relacionamento com o Palácio do Planalto e particularmente, com a presidente Dilma Rousseff. É graças ao estreitamento das relações entre os dois gestores, que Goiás tem recebido constantes visitas de ministros de Estado, como o da Saúde, na inauguração do Hugol, de Mangabeira Unger, no lançamento da Agenda Goiás e outros empreendimentos que visam o desenvolvimento sócio-econômico do Estado.
No discurso que proferiu domingo(5/07) durante o encontro do PSDB que reelegeu Aécio Neves, presidente da agremiação, Marconi Perillo fez críticas ao governo federal, mas evitou que sua fala descambasse para a defesa do impedimento da presidente Dilma.
O mesmo ocorreu durante evento ocorrido em São Paulo, na terça-feira(7/07), com empresários. Questionado a respeito Marconi destacou que “esse debate deve ficar no âmbito partidário. Nós como governadores, temos a responsabilidade da gestão. As bancadas de deputados e senadores e o próprio partido, tem uma posição mais forte. Não cabe, portanto, ao governador do PSDB entrar nesta discussão”- enfatizou Marconi Perillo.
O governador goiano não nega a frustração da população brasileira com o governo federal e enfatizou que “o maior adversário da presidente Dilma é o ex-presidente Lula que faz forte oposição internamente, no PT e cria uma série de constrangimentos políticos”.
O possível processo de cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff só deverá acontecer por duas vias: Através do crime de responsabilidade caso o Tribunal de Contas da União não aprove as suas contas relativas ao exercício de 2014, devido às famosas pedaladas para ajustar o déficit orçamentário. Caso o TCU rejeite as contas, caberá ao Congresso Nacional tomar posição a respeito. Se houver o impedimento, assume o vice-presidente Michel Temer.
A outra via é pelo Tribunal Superior Eleitoral que está com a responsabilidade de aprovar as contas da campanha eleitoral da presidente de 2014. Há suspeitas de doações ilegais, feitas através de pagamento de propinas ao PT e diretamente à candidata, fatos que são negados veementemente tanto pelo partido, como pela ex-candidata. Se as contas forem rejeitadas tanto Dilma como Michel Temer perdem os mandatos e nesse caso, assume o segundo colocado no pleito, o senador Aécio Neves.
Últimos Comentários