Em Goiânia anualmente acontece a FENASUL – Feira Nacional de Moda e Gastronomia Gaúcha, e hoje com títulos de cidadão goianiense e goiano, mas gaúcho de nascimento, claro que rever a cultura é muito bom.
Porém, mais uma vez a Fenasul, peca em vários aspectos, desde a entrada que em pleno sábado à noite com apenas uma bilheteria, fazendo formar-se extensa fila. Isso mostra a falta de uma empresa de evento tomando conta.
O ponto alto da feira são os produtos vendidos como queijos, salames, roupas de couro legítima, botas, trajes típicos, apesar que alguns produtos, como as facas gaúchas, com preços exorbitantes. Claro, tudo com ótima qualidade.
O ponto extremamente negativo, nota-se quando se pensa em comer um bom churrasco gaúcho, ouvir música regional e assistir a apresentações de danças típicas, pois o comercial que passa na TV, enche os olhos de todos.
O que se encontra é um atendimento com garçons apressados, sem preparo, oferecendo “churrascos”, que é uma carne assada numa travessa de alumínio com pedaços de mandioca. (Onde está aquele espeto lindo que aparece no comercial?). Comida típica não tem, pois o acompanhamento é nosso vinagrete e farofa, além de preços altos como uma pequena porção de arroz a R$ 11,00.(Onde está a gastronomia gaúcha?).
Sobre o título acima, Fenasul ou Pecuária, é que encontramos um cantor goiano, cantando (gritando) músicas sertanejas . Nada contra o referido cantor, mas um evento tipicamente gaúcho, que é a oportunidade de, para os gaúchos longe de sua terra relembrarem as tradições e para os goianos conhecerem os vanerões, xote, rancheira e outras, dá a sensação de estarmos em nossa pecuária. Mesmo música mecânica gaúcha ia agradar mais. Pois quem vai na Fenasul espera-se que seja para conhecer o Sul.
Na parte de danças típicas, acertaram em trazer um pequeno grupo de danças alemãs, radicados em Minas Gerais, que contagiaram o público, apesar que ontem (sábado) já tenha sido a despedida do grupo dentro da feira.
Voltando ao comercial da televisão, onde aparecem grandes grupos de danças, que chamamos no Sul de “Invernada Artística”, encontramos outra realidade, desse vindo de Porto Alegre, representando um CTG, onde com apenas dois casais de dançarinos, não dos melhores, (mas com um deles, ao invés do chapéu típico, usar um tipo cartola de mágico, é difícil). Quanto á parte musical, também deixou a desejar, com um jovem gaiteiro acompanhado de um senhor com violão, sem nenhuma voz para cantar.
Confesso que não esperei o final da apresentação, pois todo evento para ter sucesso tem que mostrar no comercial da TV o que vamos encontrar ao vivo, e a maior Feira Nacional de Moda e Gastronomia Gaúcha, como denomina-se, deixa a desejar. Falta organização.
Mas, dia 8 de maio começa nossa pecuária. Nessa sabemos o que vamos encontrar e é sempre um sucesso.
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