A cidade de Anápolis, a 58 km de Goiânia, possui 51 mil lotes vagos, que poderiam comportar uma população de 163 mil novos habitantes para o município. Esse é o resultado de um estudo feito pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO). O estudo aponta que o atual estoque de terrenos não utilizados poderia atender à demanda de unidades habitacionais para além do ano de 2030.
Desde o ano passado, o Plano Diretor de Anápolis passa por revisão. A Prefeitura propõe, entre outras mudanças, a expansão do perímetro urbano da cidade. Na última sexta-feira (19/2) o texto proposto foi enviado para aprovação na Câmara de Vereadores, após passar por análise no Conselho Municipal da Cidade de Anápolis. O estudo feito pelo CAU/GO afirma que o município não necessita dessa expansão do perímetro urbano.
Os dados do estudo fazem parte de laudo técnico sobre o perímetro da cidade, elaborado pelo Conselho e encaminhado à 15a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Urbanismo, do Ministério Público de Goiás, na última semana. A área urbanizada de Anápolis possui uma das mais baixas densidades médias entre as cidades brasileiras de mesmo porte, com 38,79 habitantes por hectare. Além dos lotes vazios, existem também áreas de expansão urbana contidas dentro do perímetro atual do município, que poderiam abrigar 25,5 mil lotes e 81,6 mil habitantes.
“As ampliações indiscriminadas do perímetro urbano representam uma afronta ao Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) e, ao mesmo tempo, representam a não utilização do planejamento para dirigir, orientar e induzir a expansão urbana e a distribuição da população em conformidade com a projeção de crescimento demográfico do município”, diz o estudo.
Fonte: A Redação
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