O Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) está iniciando neste mês mais um projeto de humanização nas áreas de pediatria. Realizado pela instituição Ensinando Abraçar, por iniciativa do Conselho Local de Saúde do hospital, o projeto visa pintar o parquinho, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, a brinquedoteca, o consultório ambulatório e os corredores da ala infantil, com histórias envolvendo o personagem Vento Livre, criado exclusivamente para a unidade. O trabalho, desenvolvido duas vezes por semana, das 19 às 23 horas, deve ser concluído em cerca de três meses.
De acordo com o presidente do Conselho Local de Saúde do HDT, Edson Santana, as pinturas proporcionam um ambiente mais alegre e acolhedor, e “representam novas possibilidades de ajuda aos pequenos pacientes”. O presidente explica que o Vento Livre é uma criança indígena soropositiva desde o nascimento, que vive num ambiente hospitalar e enfrenta as indiferenças com muito amor e carinho. “Ele cria um mundo imaginário e lúdico, invocando a dança da cura e o poder do abraço, mostrando para as crianças que existem outras iguais a elas”, afirma. Edson ressalta que serão utilizadas tintas atóxicas sem cheiro.
A diretora técnica do HDT, Letícia Aires, acredita que o projeto ajudará na manutenção de um ambiente mais humano e menos traumático aos pacientes da ala, sendo que o hospital conta com 19 leitos de internação pediátrica, seis leitos de UTI para crianças e atende, em média, oito pacientes por dia. “Entendemos que as cores e os desenhos contribuem para a recuperação das crianças, ajudando-as a conviver com a doença”, ressalta.
De acordo com a diretora-geral, Anamaria Arruda, os projetos realizados pelo hospital partem de uma visão de assistência que engloba não apenas eficiência técnica e científica, mas também valores éticos, respeito e solidariedade ao ser humano. Devido a essa forma de gestão, que entre outros projetos, realiza atividades como visitas noturnas e desospitalização, o HDT venceu o concurso Somos parte do SUS que dá certo, e como prêmio, recebeu uma menção honrosa do Ministério da Saúde durante a Semana Nacional de Humanização, em 2014. O hospital é o único especializado em infectologia do país a receber o prêmio. “As mudanças na prática de atendimento transformaram a relação que o paciente tem com a unidade de saúde e vice-versa. Hoje, as demandas vão além daquelas funcionais e mecânicas. O hospital adere cada vez mais a práticas humanizadas”, destaca Anamaria.
Fonte: Goiás Agora
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