O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foi a obra escolhida por alunos formandos dos cursos de Teatro, Música, Dança e Artes Visuais do Instituto Tecnológico em Artes Basileu França (Itego) como trabalho de conclusão de curso. O espetáculo será apresentado às 20h, nos dias 27 e 28 de outubro, no Teatro Escola da instituição. O ingresso custa R$ 30. A direção geral é de Rubens Rodrigues.
A obra
O Auto da Compadecida, comédia dramática, é uma das obras do gênero mais conhecidas no Brasil, tanto que acabou se tornando minissérie e filme. A peça projetou o autor nordestino pelo Brasil e foi considerado o texto mais popular do moderno teatro brasileiro. A obra retoma elementos do teatro popular contidos nos autos medievais e da literatura de cordel. Procura exaltar os humildes e satirizar poderosos e os religiosos preocupados com questões materiais. Encenada pela primeira vez em 1956, em Recife (PE), é marcada por fortes elementos da tradição e da cultura popular brasileira.
O autor
Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927. Com apenas três anos, perdeu o pai, João Urbano Pessoa de Vasconcelos, assassinado por inimigos políticos que fizera ao combater o coronelismo nordestino. A mãe, Rita de Cássia Dantas Vilar Suassuna, criou sozinha o pequeno Ariano e os oito irmãos.
Em 1943, Suassuna inscreveu-se no Ginásio Pernambucano. Lá escreveu os poemas Guabirabas e A Morte do Touro Mão-de-Pau, de caráter épico. Em 1945 publicou o poema Noturno no Jornal do Comércio, do Recife. Apesar de ter iniciado estudos de literatura, formou-se em Direito, na cidade do Recife, em 1946, onde escreveu no ano seguinte a peça Uma Mulher Vestida de Sol. Criou depois as peças Auto de São João da Cruz (1950), O Arco Desolado (1952) e sua obra mais conhecida, Auto da Compadecida(1955), que lhe garantiu o reconhecimento como um dos maiores dramaturgos brasileiros. Publicou ainda romances, entre os quais A Pedra do Reino (1970). Foi um dos principais expoentes do movimento Armorial, que trabalha na recuperação das raízes históricas do Nordeste e da cultura brasileira. Faleceu aos 87 anos, após sofrer um AVC, em 23 de julho de 2014.
Mais informações: (62) 3201-4044
Fonte: Goiás Agora
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