O Programa Nascentes Vivas, da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), visa à recuperação de nascentes que compõem a Bacia Hidrográfica do Ribeirão João Leite, principal manancial de abastecimento público de Goiânia e Região Metropolitana, que está ameaçado.
Segundo levantamento divulgado pela Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), que monitora a região desde 1999, 23 nascentes já não podem mais ser recuperadas porque secaram ou foram aterradas. Mais de 50 produtores respondem na Justiça pelos crimes ambientais.
O superintendente de Recursos Hídricos da Secima, Bento de Godoy Neto, explica que o principal objetivo do Nascentes Vivas é proteger os mananciais de abastecimento público, por meio da demarcação das nascentes e também do reflorestamento das áreas de Preservação Permanente (APPs) com o plantio de mudas nativas do Cerrado.
Outra frente do programa, criado em março de 2014, são as ações de educação ambiental destinadas a alunos de escolas públicas, que ajudam na revegetação e ainda assistem a palestras e encenações teatrais. É uma espécie de aula feita ao ar livre.”Muitas vezes são nascentes de abastecimento público onde são plantadas, em geral, de 500 a mil mudas em volta. As prefeituras nos procuram e fazem previamente a seleção de produtores rurais interessados em fazer a recuperação das nascentes. Então, é firmada uma parceria entre a Secima, as prefeituras e os produtores rurais. O órgão cede a madeira e os arames para a fabricação das cercas, além das mudas. O produtor rural disponibiliza a área e a mão de obra e a Prefeitura, por sua vez, oferece o transporte das crianças e o lanche pra elas nesses locais”, diz.
Cerca de 30 municípios já foram visitados pela equipe do Nascentes Vivas, sendo a maioria pertencente à Região Metropolitana de Goiânia, onde se concentram as
nascentes do Ribeirão João Leite. Bento avalia que parte delas sofre degradação ambiental pelo avanço de pastagens e outros fatores. Ele afirma que os produtores são orientados a demarcar um limite de, no mínimo, 50 metros a partir da nascente até 200 metros para garantir a proteção dos mananciais de abastecimento.
Fonte: Goiás Agora
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